Slithy Notes

Mind notes and random thoughts

Orquestra de um homem só

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Pegue um dos maiores e mais ousados guitarristas de jazz de todos os tempos, alimente-o com a curiosidade de uma criança, dê-lhe a liberdade para quebrar regras e expandir fronteiras e ponha-o em contato com alguns inventores malucos. Você pode acabar com um músico genial acompanhado por uma banda de robôs-clones dele mesmo, em um cenário digno dos livros de Julio Verne. Foi o que aconteceu com Pat Metheny e o seu mais novo projeto, Orchestrion.

Já fazia um tempo que eu não ouvia nada desse grande músico, até que me deparei com um artigo da revista Wired falando de seu último desafio. Basicamente o que ele fez foi criar uma banda completa de equipamentos controlados por ele. É uma espécie de sistema MIDI dos sonhos, com instrumentos acústicos adaptados para serem controlados por sua guitarra e, mais tarde, tocados sozinhos. Funciona assim: cada instrumento de sua nova “banda” possui dispositivos mecânicos para tocar cada nota e som desejados, uma espécie de robô personalizado acoplado a cada instrumento. Usando uma guitarra especial, os instrumentos recebem instruções sobre as notas que devem ser tocadas, com sua altura, volume, duração, etc. Esta abordagem se diferencia dos sistemas MIDI tradicionais por controlar instrumentos acústicos de verdade e não sintetizadores que tentam simular o som e a execução dos instrumentos. Também é um avanço no conceito dos antigos orchestrions por permitir reproduzir as notas em tempo real e com precisão de volume, oferecendo uma dinâmica que se aproxima à execução real e faz toda a diferença. Tudo o que uma vez foi gravado com este sistema pode ser reproduzido ao vivo, com os instrumentos tocando sozinhos, o que permitiu que Metheny saísse em turnê acompanhado de uma banda completa, mas sem nenhum outro músico.

Um vídeo curto mostrando o conceito – Orchestrion Preview:

Pude ver pessoalmente o resultado deste experimento em um show em Montreal. Excelente! Talvez os apreciadores de música mais tradicionalistas não tenham gostado muito de um concerto tão esquisito, mas eu me deliciei com aquele espetáculo em clima de “feira-de-ciências”, como um amigo meu rotulou. Ao chegar no teatro, antes da apresentação, me decepcionei a princípio com o palco. Havia ali apenas umas duas guitarras, um piano e alguns poucos instrumentos de percussão. Mais tarde percebi que esse set enxuto fazia parte do show, guardando o fator surpresa.

O show começou com um Pat Metheny introspectivo, apenas ele e a guitarra, sem acompanhamento extra. Uma verdadeira aula de guitarra solo, com harmonia e melodia sendo tocados juntos com maestria. Aliás a apresentação toda acabou sendo uma exercício de introspecção e auto-acompanhamento levados a limites jamais vistos antes. Numa mistura de músicas bem definidas e improvisos espontâneos, ele tocou por alguns minutos neste formato, até que a brincadeira que todos esperavam começou. As luzes deixaram de iluminar apenas ele e focaram uma geringonça que soava como uma pandeirola. Através de um pedal eletrônico ele tocou um padrão rítmico no instrumento e o deixou repetindo num loop contínuo. Tocou alguns acordes na guitarra e acrescentou isso à repetição, improvisando e criando melodias em cima desta base. E assim o show foi crescendo. Aos poucos as partes “pré-gravadas” dos outros instrumentos foram sendo tocadas, oferecendo o cenário apropriado para o personagem principal, a guitarra, atuar livremente. Começamos a ouvir pratos, outros elementos de percussão, piano e xilofones.

Depois de alguns números com essa formação, a cortina no fundo do palco caiu mostrando o resto da banda: uma parede cheia de pratos, tambores, chocalhos, uma caixa com um violão e um baixo, alguns apetrechos exóticos que eu não pude identificar e até mesmo um acordeon. Parecia um laboratório de cientista maluco, algo que esperaríamos encontrar na garagem do Dr. Emmett Brown, se ele resolvesse fazer experimentos com música em 1885. Imagens coloridas e psicodélicas projetadas nos instrumentos davam um tempero visual extra e mais movimento à cena. Na falta de colegas de palco em carne e osso, Metheny interagia com os instrumentos, olhando pra eles, às vezes gesticulando e dialogando musicalmente. Não seria totalmente mentira dizer que ele estava interagindo consigo mesmo.

Pat Metheny em 12 de outubro de 2010 no Théâtre Maisonneuve, Montreal (foto por Marcio Mesquita)

Boa parte do repertório foi composto por músicas do disco mais recente, Orchestrion, gravado com essa banda e conceito, mas ele também preparou músicas de outros álbuns, como o clássico Stranger in Town, que fez parte do bis. Também teve um pouquinho de música brasileira no meio dos improvisos no início do show. Na parte final antes do bis, ele levou o auto-acompanhamento a outro nível ao tocar algumas peças improvisadas com a orquestra sem nada gravado anteriormente. Mais uma vez ele usou samplers para repetir loops de trechos gravados com a guitarra na hora e usou sua parafernália tecnológica para controlar toda a banda em tempo-real e fazê-la repetir partes diferentes, como quisesse, criando camadas sonoras com todos os instrumentos. Ele fez uma música completa dessa forma, com diversas partes. Sua orquestra de robôs era um mundo no qual ele era o todo-poderoso, uma brincadeira pra experimentalista nenhum botar defeito.

Entre algumas músicas, ele pegou o microfone e conversou com a platéia. Contou histórias, falou que estava muito feliz de tocar em Montreal, pois sempre foi uma cidade importante para carreira dele, desde o início. Foi bastante didático ao explicar o funcionamento daquele circo de loucos e falou sobre a motivação para esse projeto, originada em seus tempos de juventude, quando visitava seu avô que também era músico e exerceu uma grande influência sobre ele. Esse avô colecionava instrumentos, dentre eles um “player piano” (ou pianola), um daqueles pianos que tocam sozinhos, como uma caixinha de música levada a sério. O jovem Pat ficava fascinado com aquela obra de engenharia e música, tentando descobrir como funcionava. Dentro dele foi crescendo a idéia de que aquele conceito merecia ser melhor explorado. Durante décadas essa vontade ficou guardada, até que agora, com a tecnologia num ponto aceitável para realizá-la, ele resolveu tentar e sem dúvidas conseguiu um excelente resultado.

Written by Marcio Mesquita

outubro 30, 2010 at 12:51

Bye bye, PowerPoint?

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Há alguns meses atrás eu vi uma apresentação no trabalho que chamou a atenção de todos por seus efeitos e aparência incomuns. Na tela do projetor não tínhamos as tradicionais estruturas e slides do famoso Microsoft PowerPoint, softwre padrão para apresentações na maioria das instituições. Ao invés de passar de um slide bem definido para outro, de forma linear, vimos a transição entre palavras, frases, imagens e grupos de elementos com efeitos intensos de zoom, como se pulássemos visualmente de um elemento a outro e aproximássemos a níveis micro ou macroscópicos, de forma parecida com uma viagem pela superfície terrestre no Google Earth.

Ontem me deparei com outra apresentação semelhante, mas dessa vez havia uma referência à ferramenta utilizada: Prezi. Simplesmente fantástica! Fui ao site da empresa e descobri que há uma modalidade de uso gratuito. Basta se cadastrar para criar apresentações online, com algumas limitações, sendo a mais importante delas o fato de que tudo o que você criar ficará publicado no site da empresa, para quem quiser ver. Se a privacidade for um fator importante, será preciso pagar pelas modalidades mais avançadas do software que permitem a criação de apresentações não-compartilhadas.

Fazia tempo que eu não via uma ferramenta que realmente inovasse na forma de fazer o que se propõe.  Após brincar um pouco criando umas duas pequenas apresentações (ou “prezis”, como eles chamam) de teste, a primeira impressão que ficou foi excelente. Muito fácil e intuitiva de usar. Bastou assistir a um vídeo curto que explica o básico para que eu conseguisse fazer praticamente tudo o que queria. Uma característica fundamental é que no modo de apresentação (leitura) é possível a qualquer momento manipular os elementos da forma que se quiser, aproximando, afastando, navegando pelos elementos e retomando a ordem da  apresentação no momento que se desejar. Uma flexibilidade bem maior se comparada ao concorrente PowerPoint, no qual a leitura é sempre linear, um slide após o outro.

Ainda preciso usar mais para ter uma opinião mais embasada, mas é claro que há problemas e limitações. O modelo de sistema Web-SaaS da versão gratuita pode ser inconveniente em alguns momentos, pois se você começa a usar o sistema seriamente e por algum motivo fica sem conectividade (por exemplo: esqueceu de pagar a conta da internet de casa, ou a rede caiu no trabalho por alguma eventualidade), você pode se ver num mato-sem-cachorro. De qualquer forma, a empresa oferece versões desktop, que resolveriam esse problema. Como usuário de longa data do PowerPoint, também senti falta de uma solução semelhante às suas animações, mas imagino que as versões pagas ofereçam mais recursos.

Mesmo ficando apenas na versão gratuita eu pretendo incorporar a Prezi ao meu dia-a-dia. Ela pode tanto ser usada para criar rapidamente apresentações informais para os colegas de trabalho (para explicar e discutir conceitos), como em apresentações mais elaboradas para treinamentos ou trabalhos acadêmicos e até mesmo como simples ferramenta de anotações. Nesse caso eu a encaro como um mind-map turbinado, já a meio caminho de transformar anotações em apresentações.

Bem, pra quem ainda não conhece, aqui está um exemplo de uma “prezi”:

Why should you move beyond slides?

Written by Marcio Mesquita

outubro 9, 2010 at 19:20

Publicado em Informática

Rush: Beyond the Lighted Stage

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Este documentário sobre o Rush foi lançado recentemente e eu recomendo bastante, até mesmo para aqueles que não são grandes fãs da banda. É um filme emocionante que provavelmente vai lhe fazer ter vontade de conhecer melhor o trabalho desses três senhores canadenses, caso não seja um fã de carteirinha. Eu, como apreciador de longa data da banda, até me senti culpado por nunca ter procurado saber mais sobre a história deles e por dar pouca atenção às suas letras excelentes.

Os autores do filme são Sam Dunn e Scot McFadyen, dois canadenses fãs de rock que já fizeram outros documentários sobre música, incluindo Flight 666 do Iron Maiden. Eles realizaram um excelente trabalho no Beyond the Lighted Stage, desenterrando fotos e vídeos da época em que a banda ainda era apenas um projeto de amigos de colégio. Tem até vídeo que mostra uma discussão do adolescente Alex Lifeson com a família, dizendo que vai largar a escola pra ser músico. É claro que não faltam trechos de apresentações de várias fases da banda já consagrada, mas a riqueza do material mais antigo é de chamar a atenção. Da mesma forma que é surpreendente a competência musical e a maturidade técnica dos garotos naquela época, inclusive do primeiro baterista, John Rutsey. Ele tocava muito bem e parecia se dedicar de corpo e alma à banda, mas gravou apenas o primeiro disco e depois ficou ofuscado pelo seu substituto, considerado por muitos o melhor baterista de todos os tempos.

Eu digo que esse filme pode agradar até mesmo aos que não são fãs de Rush porque, mais do que falar sobre música, ele fala sobre vidas. Histórias trágicas, histórias de perseverança, de amor pela música, de sucesso, de diferenças entre as pessoas, de ousadia e uma grande história de amizade. Alex Lifeson (guitarra) e Geddy Lee (baixo, vocal e teclados) são amigos desde que eram crianças nos subúrbios de Toronto – o deus da bateria Neil Peart viria a se juntar a eles apenas alguns anos mais tarde. E esses caras estão juntos há décadas fazendo música de primeira do jeito que eles acham que deve ser feita, dando um foda-se para a crítica e para os padrões do showbizz. E fazendo sucesso.

Podem se preparar para uma ampla variedade de emoções, inclusive muitas gargalhadas, como na parte em que comentam a moda e o gosto duvidoso da banda pra isso ao longo dos anos. Há diversas celebridades da música (e de outras áreas também) dando depoimentos como fãs dos caras. Alguns inesperados  e outros que andavam sumidos.

O ideal seria ver o filme numa sala de cinema, mas a essa altura do campeonato eu acho que não está mais passando em lugar nenhum. No Canadá ele foi exibido apenas em algumas salas do país e li numa notícia que ele também seria apresentado da mesma forma no Brasil. Eu tive a sorte de comparecer a uma sessão e por mais que seja confortável ver um filme em casa, no DVD, o astral é outro quando você está num cinema cheio de fãs da banda dando gargalhadas e respondendo de alguma forma a cada referência no filme que só faz sentido pra quem é fã.  De qualquer forma é obrigatório conferir o DVD ou Blue-Ray. De preferência a versão dupla, que contém um disco só de extras.

Site oficial do filme: rushbeyondthelightedstage.com

Página do filme no IMDb: Rush: Beyond the Lighted Stage

Written by Marcio Mesquita

agosto 31, 2010 at 00:47

Publicado em Discos e vídeos

Beautiful night

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Quinta-feira, 12 de agosto de 2010 foi um dia muito especial pra mim. Sir Paul McCartney esteve em Montreal e fez um show excelente que eu tive o indescritível prazer de assistir. Um dos motivos secundários de eu ter vindo morar nessa cidade foi o fato de ela estar no roteiro dos grandes shows mundiais. Apesar disto, o mestre inglês não se apresentava por aqui há mais de 20 anos. Essa falta de assiduidade por parte de alguns artistas não chega a ser um problema para os fãs locais, pois se a turnê internacional de uma grande banda não passar por aqui, ela provavelmente passará por cidades próximas como Toronto, Ottawa ou Québec (ou até mesmo alguma dos nossos vizinhos do sul) e é perfeitamente viável se deslocar até uma delas de vez em quando pra assistir a um show imperdível. Foi o caso do Paul que fez concertos memoráveis em Québec e Halifax nos últimos anos e vários montrealenses foram até lá conferir.

O início da apresentação teve um atraso de meia hora em relação ao horário anunciado no ingresso, talvez por ainda haver uma multidão do lado de fora do estádio na hora marcada. Alguns bons minutos antes da entrada, os dois telões nos lados do palco começaram a mostrar uma colagem de fotos relacionadas ao Paul e sua carreira regada a versões remixadas de seus clássicos. Com a ansiedade aumentando a cada foto, finalmente chegou o grande momento de apagar as luzes, e a banda entrar no palco ao som pré-gravado de um trecho de The End dos Beatles. Mais tarde o ciclo iria se fechar com a noite se encerrando com a mesma música.

Paul em Montreal (foto por Patrícia Mesquita)

Como era de se esperar, o set-list foi bem parecido com o de outros shows da  turnê Up And Coming, com várias dezenas de músicas abrangendo diversos períodos da carreira do Paul, pra fã nenhum botar defeito. Provavelmente visando agradar o público de língua francesa da região, “Michelle” também foi incluída. E eu adorei ouvir algumas músicas não tão conhecidas do tempo dos Wings. A banda estava excelente, com destaque para o monstro Abe Laboriel Jr. na batera, backing vocals e dancinhas pra animar a platéia. Esse cara é um show à parte. É muito bom ver ele surrar aquela bateria com vontade e ainda ser peça fundamental nas harmonizações vocais. E falando em cantar, o Sir estava em ótima forma vocal, alcançando todas as notas com timbre claro e limpo, muito melhor do que nas gravações que vi de shows recentes do México e de um concerto beneficente que foi transmitido ao vivo pela internet. Aqui o concerto foi realizado no Bell Centre, um estádio de hockey onde parece ser difícil equilibrar o som. Já fui a shows nesse local nos quais o som era confuso, sem clareza. Mas dessa vez acertaram na mosca. Som excelente, mesmo eu estando bem longe do palco, já que infelizmente não consegui ingressos num local mais próximo. Aliás a compra dos ingressos foi um desafio à parte. Eu contava com a pré-venda especial para fãs cadastrados do site mas não sei por qual motivo eles anteciparam a data sem avisar e eu tive que comprar no dia da venda comum. O site e telefones da empresa organizadora ficaram congestionados e os melhores ingressos se esgotaram em poucos minutos. Quase que eu não consigo comprar e acabei ficando com lugares no lado oposto ao palco numa das últimas fileiras ao alto.

O ingresso sofrido

A produção de palco é muito boa, com direito a efeitos pirotécnicos em Live and Let Die e um telão gigantesco no fundo com vídeos especiais pra cada música. O Macca conversou bastante com a plateia, arriscando de vez em quando um francês enrolado. Em um dado momento ele comentou sobre as placas que o público levanta pra ele durante os shows. Brincou dizendo que é muito difícil trabalhar assim, que ele tem que se concentrar pra cantar afinado, tocar um instrumento, lembrar das notas e das letras… e as inúmeras placas no seu campo de visão roubam a atenção e não tem como ele deixar de ler. Deu o exemplo de uma que dizia algo como “Paul, assine no meu braço! Já tenho uma visita marcada com um tatuador. Por favor!”.

As diversas histórias contadas e as homenagens aos finados amigos George e John foram emocionantes. A primeira parte do show teve 2h ininterruptas, seguidas de dois bis, totalizando 3h de felicidade! É surpreendente ver um senhor de quase setenta anos fazendo um show longo como esse, tocando com tanta garra, cantando maravilhosamente bem e se divertindo muito à vontade. Como ele disse numa entrevista por aqui, eles sobem no palco com a intenção de fazer daquela noite a melhor noite das vidas de quem está na platéia. Creio que eles consigam sempre.

No segundo bis ele chamou a garota da placa para o palco e autografou seu braço. Uma cena que está ficando comum nos seus shows mas que nem por isso deixa de ser tocante.

Aqui está o extenso set list da noite:

1. Venus and Mars / Rockshow
2. Jet
3. All My Loving
4. Letting Go
5. Drive My Car
6. Highway (The Fireman)
7. Let Me Roll It / citação instrumental de Foxy Lady (homenagem a Jimi Hendrix)
8. The Long And Winding Road
9. Nineteen Hundred and Eighty Five
10. Let ‘Em In
11. My Love (dedicada a Linda McCartney e aos “amoureux”)
12. I’ve Just Seen A Face
13. And I Love Her
14. Blackbird
15. Here Today (dedicada a John Lennon)
16. Dance Tonight
17. Michelle
18. Mrs Vandebilt
19. Eleanor Rigby
20. Ram On
21. Something (dedicada a George Harrison)
22. Sing The Changes (The Fireman )
23. Band On The Run
24. Ob-La-Di, Ob-La-Da
25. Back In The USSR
26. I’ve Got A Feeling
27. Paperback Writer
28. A Day In The Life / Give Peace A Chance
29. Let It Be
30. Live And Let Die
31. Hey Jude

Bis
32. Day Tripper
33. Lady Madonna
34. Get Back

Segundo Bis
35. Yesterday
36. Helter Skelter
37. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise) / The End

Obs.: Esta resenha foi criada a partir de um texto escrito logo após o show e enviado para algumas pessoas.  O colega Francisco Ribeiro, da lista de discussão Beatles Brasil, disponibilizou o texto original em seu blog HERE, THERE AND EVERYWHERE.

cover –

Written by Marcio Mesquita

agosto 21, 2010 at 16:12

Publicado em Resenhas de shows

In the beginning…

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Então faz-se mais um blog no mundo onde todos falam e poucos ouvem… Mas tudo bem, não me sinto tão culpado de entulhar a rede com mais um. A idéia é que este blog funcione como um repositório pessoal de idéias e relatos, não como um periódico de grande audiência pra desbancar filósofos e jornais. Se alguém se interessar em ler, ótimo. Se não, ótimo também, pois vai servir como um histórico de coisas que me interessam e pensamentos que eu já tive em algum momento. Uma ótima ferramenta pra quem tem memória curta. Uma caixinha de retalhos, rabiscos e pensamentos.

Como sou um imigrante longe da terra natal, este é mais um meio de trocar idéias com os velhos amigos do outro lado do continente. Por aqui fica mais fácil de escrever resenhas de shows que eu tenho tido a oportunidade de ir, comentar sobre música, fotografia, computação e outras coisas que passam constantemente pela minha cabeça. Os assuntos relacionados à imigração e vida no Canadá continuarão sendo tratados no blog da família, criado especificamente pra isso: Indo em Boa Hora. Da mesma forma que fazemos lá, não vou me obrigar a escrever com nenhuma regularidade específica aqui. A idéia é escrever quando houver assunto, vontade e tempo.

Allons nous!

Written by Marcio Mesquita

agosto 21, 2010 at 00:41

Publicado em Diversos